Aos 40 anos, muitas mulheres se sentem cheias de energia e vitalidade, acreditando que a menopausa ainda é uma realidade distante, associada aos famosos calores que só chegam após os 50. No entanto, a transição para a menopausa, chamada de perimenopausa, pode começar até 10 anos antes da última menstruação. Isso significa que aos 40 anos, seu corpo pode já estar passando por mudanças significativas – mesmo sem ondas de calor. Perimenopausa: uma fase de transição silenciosa Os primeiros sintomas da perimenopausa geralmente aparecem de forma sutil e estão ligados às emoções: sono mais leve, ansiedade, mudanças de humor, tristeza repentina, irritabilidade e aquele cansaço que parece não ter fim. Como esses sinais podem facilmente ser confundidos com os efeitos de uma rotina corrida, é comum que passem despercebidos. Muitas mulheres nem imaginam que esses sintomas podem estar relacionados às mudanças hormonais que antecedem a menopausa. Cuidar da fertilidade é cuidar da saúde geral É comum pensar em saúde hormonal apenas quando estamos falando de fertilidade. Hormônios como estradiol, progesterona e testosterona, além de órgãos como útero, endométrio e ovários, ganham destaque quando o assunto é gravidez. Mesmo quando não há o desejo de engravidar, monitorar a saúde reprodutiva é essencial, já que os hormônios responsáveis pela fertilidade influenciam a saúde como um todo. Aos 40 anos, cuidar de sua fertilidade é, na prática, investir no cuidado e prevenção de sintomas causados pelas oscilações hormonais, reduzindo desconfortos e problemas futuros. Por que começar a se preparar agora? Os 40 anos são o momento ideal para se informar e se preparar para essa transição, criando estratégias para minimizar sintomas e preservar a saúde a longo prazo. Aqui estão alguns motivos para isso: ● Empoderamento: Entender o que está acontecendo com seu corpo permite que você tome decisões informadas e confiantes sobre sua saúde. ● Qualidade de vida: Identificar e tratar precocemente sintomas da perimenopausa melhora seu bem-estar físico e emocional. ● Prevenção de doenças: Investir na saúde agora ajuda a reduzir o risco de problemas comuns da pós-menopausa, como osteoporose, doenças cardiovasculares e diabetes. ● Autocuidado integral: Conhecer as mudanças do corpo permite criar rotinas de cuidado que incluem alimentação, exercícios, suplementação e, quando necessário, tratamentos como a terapia de reposição hormonal (TRH), sempre acompanhada por profissional capacitado. Perimenopausa: é tudo hormonal Durante a perimenopausa, os níveis de estradiol e progesterona começam a flutuar, e isso pode afetar significativamente sua qualidade de vida. É um alívio para muitas mulheres descobrir que sintomas como irritabilidade, tristeza e cansaço podem ser resultado dessas alterações hormonais – não é “coisa da sua cabeça”. Vale lembrar que, nos primeiros anos da perimenopausa, exames de sangue podem não detectar alterações hormonais, enquanto os sintomas já estão ali. Por isso, é essencial observar as mudanças no corpo e buscar apoio quando necessário. Sintomas variados e individuais Os sinais da perimenopausa variam de mulher para mulher, em intensidade, frequência e duração. É uma fase que pode incluir sintomas como: Sintomas físicos: ● Mudanças no ciclo menstrual ● Alterações no sono ● Acne e pele seca ● Secura vaginal ● Ganho de peso e redistribuição da gordura corporal ● Perda de cabelo ou crescimento indesejado de pelos ● Retenção de líquido e inchaço ● Palpitações cardíacas ● Ondas de calor e suores noturnos  Sintomas emocionais e cognitivos: ● Ansiedade ● Perda de memória recente ● Dificuldade de concentração e multitarefa ● Mudanças de humor ● Fadiga constante Dicas práticas para mulheres aos 40 anos 1.Eduque-se: Busque informações confiáveis sobre menopausa e saúde hormonal. Converse com profissionais especializados. 2.Adote hábitos saudáveis: Inclua uma alimentação equilibrada, exercícios regulares, boas práticas de sono e técnicas de manejo do estresse. 3.Realize check-ups regulares: Acompanhe exames que avaliem colesterol, densidade óssea, saúde cardíaca e outros. 4.Monitore seus sintomas: Use um diário para registrar mudanças físicas e emocionais, ajudando a identificar padrões e ajustar cuidados. 5.Avaliação de nutrição e estilo de vida: avaliar periodicamente seus hábitos de vida é essencial para que os ajustes na sua alimentação e estilo de vida promovam saúde e bem-estar a médio e longo prazo. 6.Crie uma rede de apoio: Conecte-se com amigos, familiares e grupos de mulheres que estão passando pela mesma fase. Com informação e preparo, você navega pelas oscilações hormonais com levezaA perimenopausa é um processo natural e individual, e quanto antes você estiver consciente sobre suas mudanças, mais suave será essa transição. Priorizar a saúde agora garante não apenas uma menopausa com menos sintomas, mas também um futuro com mais vitalidade, saúde e bem-estar. Não espere pelos calores. Comece agora a cuidar de você, com autonomia e conhecimento. A menopausa não é o fim – é uma nova fase que pode ser vivida com saúde e alegria! Até a próxima! Isabel